quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Moda como elemento de ligação entre identidade, sujeito e sentidos

Por Eid Rocha, Isabela Rabelo, Luana Leal e Mariana Barros
(alunas do 7º período de Design de Moda da Universidade FUMEC – FEA)


Resumo
No decorrer deste artigo vamos levantar possíveis relações entre a identidade do sujeito e os sentidos através deste contexto, considerando que a moda se apresenta como o elo entre as diretrizes que se segue, segundo o pensamento de autores como Dario Caldas, Diana Galvão, Káthia Castilho e Cristiane Mesquita.
Palavras-chave: Moda – Identidade – Subjetividade

A moda está em tudo que nos envolve.  Este universo se constitui não apenas pelo vestuário, mas pela individualidade, pelo gosto, pela atitude, no entanto, é relevante afirmar que através deste elemento podemos constatar narrativas que são identificadas por meio das roupas e muitas vezes pelo próprio corpo que denuncia a subjetividade que inspira nossas escolhas ao vestir.
Pensar no subjetivo é entender que pisamos no campo do sentir, do sonhar, do agir, do pensar, do amar. O corpo é mais um vetor de percepção, e nesta percepção o vestir interfere sobre ele variando seus modelos produzindo modos de ser, criando relações estéticas ligadas a elementos como a moral, tecnologia, arte, religião, cultura, ciência, economia, natureza, família etc. Assim por essa ótica reflexiva Cristiane Mesquita (2007) observa como a moda torna-se uma vertente libertária da roupa e seus sentidos.
Estando em circulação por estes diversos conjuntos sociais, a roupa transita entre as experiências particulares dos indivíduos através da singularidade que propõe sugerido pelas misturas e composições que determinam um olhar curioso por tipos e estilos que vão além da aparência.
Seduzidos por criar e liberar as diversas identidades ou perfis subjetivos, gerando assim uma apropriação de códigos em favor da constituição de sua subjetividade, em seu benefício. O indivíduo encorajado pelas possibilidades de interação através da capacidade de mudança torna-se por meio dessa percepção a medida exata do tempo contemporâneo.
A moda pretende estabelecer um diálogo íntimo com o sujeito, ao mesmo tempo em que aponta fragmentos que traduz a aparição de tantas formas estéticas movidas pela transitoriedade do efêmero, considerando o fato de que este reflete sobre sua imagem podemos anunciar um grande paradoxo neste sistema: ao mesmo tempo ele serve de padronização e a diferenciação, tornando-a moderna por natureza, sensivelmente ativa, absorvendo o espírito de uma época estando ao mesmo tempo no corpo e no mundo.
Moda, num sentido geral é como cada um vai esculpir seu corpo. Varia ao longo da existência, quer dizer, a figura que cada um vai constituir. É através dessa figura que ele se representa, se reconhece e vai ser reconhecido pelos outros.
Por esta análise é possível afirmar que moda é o suporte que exterioriza, por meio da roupa e de como o sujeito à apresenta em seu corpo, os vínculos com grupos afetivos, estabelecendo uma aceitação visual que modela a estética como artifício que ora aproxima e ora afasta o indivíduo dos diversos setores sociais.


Bibliografias:


CALDAS, Dario. Observatórios de sinais: teoria e prática da pesquisa de tendências.Rio de Janeiro: SENAC – RJ,2004.
CASTILHO, Kathia; GALVÃO, Diana (Org.). A moda do corpo o corpo da moda. São Paulo: Esfera, 2002.
MESQUITA, Cristiane. Moda contemporânea: quatro ou cinco conexões possíveis.São Paulo: Anhembi Morumbi, 2007.

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