sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Street wear

Por Jéssica Morais e Priscilla Milagres
           

Resumo: O street wear começou nos anos 60, cresceu na década de 90 e se consolidou no novo milênio. É uma subversão da moda que teve inicio com Ives Saint Laurent na década de 60 e que permanece nos dias de hoje.

Palavras chaves: street wear, subversão, jovens, moda, individualidade, customização, camiseta
            "As pessoas viraram estilistas de si próprias" (Constanza Pascolato
No início eram os estilistas que influenciavam a moda das ruas, mas essa relação mudou (a alta costura se mantém tradicional a seus parâmetros, mas o que vem sendo mostrado nas passarelas do mundo todo tem uma pitada de street wear) e o que se vê é a influência das ruas nas coleções já que nem tudo o que é apresentado nas passarelas é de fato aceito nas ruas. Grande parte disso veio dos jovens que se rebelavam contra essa imposição, eles usavamm da vestimenta para distinguir a que tribo ou grupo pertenciam e os estilistas. Eram diretamente influenciados por essas tribos que muitas vezes se vestiam sem se importar para o que estava ou não na moda.

Com a queda do conceito de tribos na década de 90, o nome e conceito de “supermercado de estilos” é criado sendo de ajuda para a compreensão da moda das ruas, definindo algumas linguagens e ramificações. Também nos anos 90 o tênis passa a ser o calçado oficial do jovem e essa mistura do esportivo com o fashion se deu graças a Madonna ao usar um vestido Adidas com suas três linhas características na lateral desse vestido em 1994.

No final dos anos 90 o conforto e a praticidade aparecem como as palavras de ordem no vocabulário do que seria moda no Terceiro Milênio já que a street wear tem como conforto uma de suas prioridades. 

Com o crescente culto da individualidade nos anos 2000, se perde a legitimidade que existia anteriormente de se pertencer a algum grupo especifico. A partir da necessidade de libertação da entediante logomania nasce à customização que se torna base para a concretização dessa unicidade.

Daí aparece então a subversão de tendências e nos dias de hoje, com a multiplicidade da moda, os jovens tornam quase que impossível a transcrições literais dessas mensagens a serem passadas com sua aparência.

O prêt-à-porter e a alta costura sabem do valor da juventude na moda e as boates e “baladas” são palco para a experimentação desses jovens, sendo assim, a street wear tem no clubwear (roupas usadas nas “baladas” e na “noite”) um de seus pilares.
Logo que os jovens começaram a customizar suas roupas tornando-as únicas, essa idéia foi adotada por revistas de moda e logo em seguida chegou às passarelas. Como exemplo disso pode-se citar Karl Lagerfeld que em outubro de 2000 fez para a Chanel uma coleção inspirada na customização, o que provou ser “tendência” comprovando que essa pratica iria adiante.

O street wear tem o olhar voltado para a rua, para comportamentos e atitudes das massas. É o desejo do exclusivo, da criação de cada um, de impor seu estilo e sua marca pessoal.
Os modelos são confortáveis e facilitam os movimentos, e dentre as ramificações do streetwear temos as camisetas que segundo Constanza Pascolato funcionam como uma tela em branco. 

As camisetas entram em cena como forma de expressão e é através delas que as pessoas se expressam, defendem idéias, compartilham gostos, experiências, mensagens e tudo mais. A camiseta virou até passaporte para entrada de shows e é uma peça indispensável do guarda-roupa para sair.

A camiseta foi aos poucos sendo revelada.  Até antes do século 20 era usada como roupa de baixo e apenas nos anos 50 começou a sair do armário, ainda que fossem exibidas apenas no corpo de trabalhadores.


Mas foi no filme Juventude Transviada que ela ganhou força nas ruas e logo se tornou um coro ao redor do mundo.


Ao longo do último século, vestiu sonhos, paixões, revoltas e protestos. E, enquanto cada um estampava no peito sua história pessoal, nem se percebia que estava sendo pintando também um pouco da história do mundo da moda. 

A camiseta é um exemplo claro da consolidação do street wear nos dias atuais.


Bibliografia:

LOPES, Juliana. (2003). Cada um na sua. Super Interessante. Acedido em: 05/12/2011, às 10:45, em: http://super.abril.com.br/cotidiano/cada-sua-464112.shtml

PALOMINO, Érika.  A Moda. São Paulo: Publifolha, 2003.


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