sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Luna Falabella

 
    Por Marcela Fernandes

Luna Falabella Rocha, (21), é belorizontina, está prestes a concluir o curso de Design de Moda da Universidade Fumec e trabalha em uma confecção de moda chamada “A Rosa Vermelha”, onde executa diversas atividades. Confessa que lá está realmente aprendendo a trabalhar e entender como   funciona a  moda e o mercado.  Tem planos de fazer algum curso relacionado à área fora do país, assim que se formar, e, quem sabe, em um futuro não muito distante,criar sua própria marca de roupas.

REVISTA RETROS: Porque você escolheu o curso de moda?
LUNA: Escolhi o curso de moda, porque desde criança gostava de desenhar, ver revistas e desfiles na TV, e quando chegou a hora de escolher um curso não conseguia me imaginar seguindo nenhuma outra profissão que não tivesse uma relação com a moda. Sendo assim, felizmente, escolhi Design de Moda.

REVISTA RETROS: Depois da conclusão do curso, quais são as suas pretensões?
LUNA: Depois de me formar pretendo fazer algum mini-curso no exterior e morar fora por um tempo. Daqui a um tempo, depois de ter ganhado mais experiência, pretendo criar minha própria marca.

REVISTA RETROS: Quais as suas experiências profissionais? Comente sobre elas.
LUNA: Estou fazendo um estágio em uma confecção de moda há mais ou menos 5 meses, onde faço de tudo um pouco. Participo da criação e escolha de tecidos e aviamentos, monto o mapa de corte e auxilio no corte, faço desenhos técnicos e fichas de produção e gerenciamento de produtos, entre outras coisas. Já criei figurinos para duas peças teatrais, “1961-2011” do Grupo Zap 18, e “Corre, Córrego – Histórias da gente” finalização de uma oficina teatral da Zap 18 em Carbonita,Vale do Jequitinhonha.

REVISTA RETROS: Você já viajou para fora do Brasil após o inicio do seu curso, ou seja, após já ter um olhar crítico.
LUNA: Sim, viajei à Europa no início desse ano.

REVISTA RETROS: O que você achou da moda fora do Brasil?
LUNA: Achei incrível. Primeiro pelo senso de estilo dos europeus, que é muito apurado e segundo por a maioria das pessoas não seguirem tão seriamente as tendências e sim tentarem apropriar coisas da moda do momento ao seu estilo pessoal. Acho que essa é a maior diferença em questão de moda do nosso país para a Europa, quando a tendência chega aqui todos usam tanto que chega a ficar saturado.

REVISTA RETROS: Você acha que o ambiente pode influenciar no modo de se vestir? 
LUNA: Sim. Vejo isso muito evidente quando transito pela cidade em pontos totalmente opostos. Acredito que as pessoas tentam se encaixar nos lugares por meio da moda.

REVISTA RETROS: Como você vê o mercado de moda em Belo horizonte e no país?
LUNA: Vejo de uma forma positiva. Acredito que estamos no caminho certo. Apesar de Belo Horizonte ainda ter certa resistência em criar mais empregos voltados para área e ainda depender muito de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, acho que estamos crescendo  e aprendendo. Várias marcas mineiras já se posicionaram no mercado brasileiro e espero que essa abertura aconteça cada vez mais. Quanto ao Brasil, acho que temos pontos muito fortes na moda, mas ainda somos muito dependentes das tendências que vêm de fora, inclusive de  coisas que não funcionam no nosso país.

REVISTA RETROS: Pretende atuar fora de Belo Horizonte?
LUNA: Gosto muito de Belo Horizonte como cidade, mas, vendo pelo lado profissional, sei que as oportunidades aqui são muito menos do que em São Paulo, por exemplo. Talvez eu tente experienciar algo fora daqui, mas não tenho nenhum plano concretizado quanto a isso.

REVISTA RETROS: Você acha que a Universidade prepara para a realidade do mercado?
LUNA: Não muito bem, poderia ser muito melhor, especialmente em questões práticas. Aprendemos muito pouco a por em prática o que nos ensinam e vemos isso muito claramente quando entramos no mercado. Chegamos a nosso primeiro emprego de uma forma bem crua, e por mais que tenhamos visto em aula nem sempre sabemos como exercer o que é necessário.

REVISTA RETROS: Dentro do curso de Design de Moda onde você tem contato com possíveis concorrentes que almejam, assim como você, uma vaga no mercado de moda, como você acha que  está o nível de concorrência? Estão todos preparados?
LUNA: É inevitável não ter esse olhar dentro do curso, porque sabemos que apesar de sermos colegas, no futuro seremos concorrentes muitas vezes de uma mesma vaga ou posição. Não sei bem se estão todos tão bem preparados, até pela falta de prática dentro do curso, como já citei antes. Sei que existem pessoas muito esforçadas e que serão bons concorrentes, mas também vejo muitas pessoas que ainda não se encontraram na área.

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