Marina Araújo

por Melissa Sandy

Marina Araújo, 24 anos. Atualmente faz estágio em uma confecção, que lhe oferece base para o mercado de trabalho e também é uma forma de colocar em prática o que aprende no curso de Design de Moda, na Universidade FUMEC.  O estágio é um espaço que oferece oportunidades para desenvolver seu conhecimento na área, sendo ao mesmo tempo um aprendizado.

Retrós: Como você chegou à moda e o que mais a atrai nela?

Marina: Sempre gostei muito do universo da moda. Não há em minha família, pessoas ligadas à moda. Em minha infância tive aquele sonho que a maioria das meninas tem: ser modelo. Assistia a desfiles, observava as roupas e as modelos, e a idéia de fazer o curso se design de moda surgiu daí. O poder de criar, transformar o existente fazendo com que ele se adéqüe ao cotidiano da sociedade é o que mais me atrai na profissão.

Retrós: Como você vê a profissão de designer de moda em Belo Horizonte?

Marina: A profissão de designer em Belo Horizonte é desvalorizada. Apesar de ser uma cidade grande, desenvolvida, com pólos de moda, a oferta de emprego é reduzida. Acredito que poucas são as confecções que investem em criação e inovação. Muitas se destinam à copia, por ser um método com menor custo.

Retrós: Qual a área que você mais gosta de atuar nesse meio?

Marina: A área de criação e pesquisa me desperta grande interesse.

Retrós: Como uma profissional da moda, qual o lado mais desgastante da profissão?

Marina: O lado mais desgastante é a correria de lançamento de coleção. Tudo tem que ser feito às pressas, em se tratando das confecções, mas temos que nos acostumar com o ritmo de trabalho, que, com o passar do tempo, se torna prazeroso.

Retrós: Do seu ponto de vista, o que é a moda propriamente dita?

Marina: Moda é a moderna medida do tempo. É o signo da novidade e das mudanças. A moda é um eterno retorno. Para compreendermos a moda precisamos compreender o passado e os fatos históricos.

Retrós: Atualmente você se dedica a algum trabalho e/ou projeto?

Marina: Atualmente estou estagiando em uma confecção. A vivência está sendo válida, pois pretendo ter minha própria confecção. Estou adquirindo experiência de como as coisas funcionam, o que é preciso para que dê certo, o cumprimento de prazos...

Retrós: O que tem de mais satisfatório na profissão?

Marina: Ver que fui capaz de produzir, planejar e desenvolver produtos. Criar o que antes só ficava no imaginário, conhecer pessoas, e, o mais importante, trabalhar com o que eu gosto e tenho prazer de fazer!