quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sedução na moda.

Por Ana Satovschi e Nayara Sampaio.

Resumo
O artigo descreve a sensualidade na moda desde o seu surgimento até os tempos atuais, levando em consideração os tabus que foram quebrados para que esta prevalecesse até hoje. É citado também todas as mudanças comportamentais e físicas desencadeadas pela sedução ou pela vontade de alcançá-la.

Palavras-chave: moda- sedução- prazer- estilo.

A moda como ferramenta de sedução.

A primeira vez em que a sensualidade na moda foi percebida foi quando, no final da Idade Média, iniciou-se a diferenciação dos trajes masculinos e femininos, de forma que as diferenças da anatomia do corpo de cada um eram acentuadas, causando assim uma sexualidade na aparência. Essa sexualidade não foi bem vista pela Igreja, sendo considerada  por ela um ato de promiscuidade.

Naquele período a Igreja e a Inquisição eram bem rigorosas: associavam belas mulheres e pessoas com alguma particularidade física ou de nascença como adoradoras do diabo. Essas pessoas sofriam graves punições corporais ou até mesmo eram jogadas na fogueira.

Os fatores fundamentais para a ocorrência da sensualidade na moda foram, primeiramente, o reconhecimento da aristocracia da época de que a vida era curta e a juventude era breve. Sendo assim, seu modo de vida era guiado pelo prazer, ocasionando numa maior exposição do corpo.

O segundo fator foi a trégua dada pela Igreja e pela Inquisição, quando pararam de punir as pessoas considerando suas marcas corporais ou suas feições, fazendo assim com que a beleza voltasse a ser admirada.

Com a evolução dos séculos, foi sentida a necessidade de incrementar a vestimenta com adereços que possibilitavam a quem os vestia uma aparência mais sedutora. Exemplos disso são: uma vestimenta acolchoada usada pelas mulheres no século XVI para passar a impressão de um bumbum mais redondo; o stock, usado pelos dândis no século XIX, que se assemelhava a um rufo, e dificultava os movimentos do pescoço; o espartilho, que apertava tanto a região peitoral e abdominal que prejudicava a respiração e em casos mais extremos atrapalhava uma gravidez; e a crinolina, “uma espécie de saiote circular, formado por aros de arame de aço flexível” (Pires, 2005, pg. 54).

Atualmente, para moldar o corpo ou torná-lo mais sedutor, usamos enchimentos, franzidos e caldas que realçam os quadris. As mini-saias chamam a atenção para as pernas e os decotes valorizam os seios ou as costas.Até mesmo os tecidos escolhidos podem ajudar nesse jogo: a seda, a renda e a lingerie são um exemplo disso.Também através das cores podemos passar a mensagem de que queremos ser mais ou menos notadas.

Muitos dos problemas encontrados pelas mulheres de hoje é conseguir passar a mensagem pretendida da forma desejada.Muitas delas por falta de um conhecimento de moda ou bom senso, acabam ultrapassando alguns limites entre o sedutor e o vulgar.Os significados dessas duas palavrão são bem diferentes: enquanto o sedutor revela deixando algo ainda misterioso, o vulgar revela tudo, deixando espaço para uma livre interpretação, que na maioria das vezes não foi o que a pessoa pretendia.

Bibliografia:
PIRES, Beatriz Ferreira.O Corpo como suporte da arte- 1ª Edição- São Paulo: Ed. Senac, 2005.
MIRKIN, Toby Fischer.O Código do vestir- 1ª Edição- Rio de Janeiro:.Ed. Rocco,2001.

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