quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Moda, o grande diferenciador de classes.

Por Fernanda Guimarães, Paula Othero e Bruno Henrique.

Resumo
Este artigo apresenta uma reflexão teórica sobre a Moda como diferenciador de classes, com base na história da vestimenta e na importância que as classes davam na hora de determinar sua posição social. Tem como objetivo esclarecer o comportamento do homem contemporâneo, no fenômeno de fantasiar, de quererem ser o que não são. Analisa o desenvolvimento da indumentária e dos pensamentos humanos, desde os primórdios ate a contemporaneidade.

Palavras- chave: Moda, linguagem, ego, classe social.

A vestimenta como diferenciadora de classes.

A roupa é a tradução do caráter de cada um, com ela você explicita suas ideologias, suas atitudes, sua situação financeira, seu estilo de vida.

Em princípio, as roupas eram usadas apenas como proteção, com a aparição dos estilistas as roupas começaram a definir status, pois nem todo mundo podia pagar pelos serviços e as classes que podiam deviam respeitar sua determinada cor.

Com o surgimento das lojas de departamento, as classes mais baixas começaram a imitar as classes mais altas, com isso, as classes superiores se sentiam obrigadas a mudar novamente seu estilo de vestir, surgindo ai uma maior rotatividade da moda.

No mundo moderno, o principal era criar um estilo próprio, a moda se constituía nas ruas das cidades, e ali era aceita ou não, imitada e logo então esquecida.

Na globalização, a moda é reconhecida com caráter de sociedade e tem características mais complexas, uma vez que a importância social cresce. Não falamos aqui em apenas trajar, mas, sim, das diversas maneiras com as quais podemos expressar nossas ideologias por intermédio da roupa que escolhemos no contexto de vida diário. A escolha de uma peça, ou do vestuário completo, propicia uma análise de como nós, indivíduos, interpretamos uma forma de cultura para o próprio uso. Assim, podemos relacionar que vestir-se é uma expressão visual ou, ainda, uma arte, que pode ser entendida como atividade humana ligada à manifestação de ordem estética ou, ainda, uma significação de técnica ou habilidade. Com isso, podemos criar o personagem que quisermos, transparecer um status que não temos, enfim, ser o que realmente não somos.

Atualmente, o trabalho com a indumentária carrega efeitos mais importantes que a simples ação de cobrir pessoas, esta tarefa implica em elementos de caracterização dos papéis que interpretamos no cotidiano. Podemos focar a moda como fenômeno artístico, criador de estilos e diferenciador de classes sociais. Já que a moda é tratada, também, como elemento de caracterização da sociedade, analisamos que vestir-se não é apenas consumir ou imitar, mas sim um método curioso de enfeitar, alegrar, expressar gostos, particularidades e dúvidas.

A indumentária trata de delimitar ou maquiar a que classe pertencemos, pois uma vestimenta só se transforma em moda quando alguém a utiliza para representar sua posição social, seja ela real ou ideal. Se a moda caracteriza-se pela prática do vestir, quer-se dizer, também, que estamos trabalhando com formas de expressar pensamentos, crenças. Além disso, estamos, conscientes ou inconscientemente, nos inserindo em algum meio ou tribo social. A arte de vestir nos insere e nos faz interagir com o mundo e com o outro. Embora privilegie a individualidade, pois no ato de vestir buscamos também a diferenciação, a mensagem que esta arte deseja passar só será compreendida dentro de um contexto cultural.

Com isso, a moda possibilita a sugestão de como os indivíduos, em tempos diferentes, colocam sua posição nas estruturas sociais e negociam fronteiras de status. E, assim, pode-se dizer que a arte do vestir, como artefatos, designa comportamentos por sua capacidade de impor identidades sociais.

Bibliografias:
CRANE, Diana. A Moda e seu papel social-Classe, gênero e identidade das roupas-  São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006.
MONNEYRON, Frédéric. A moda e seus desafios-50 questões fundamentais- São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.

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