Apresentada inicialmente na década de 60 pelo filósofo francês Jacques Derrida, a desconstrução aborda a necessidade de criar e reelaborar novos termos, capazes de superar o já existente.
Na década de 80, com o surgimento de alguns jovens japoneses na moda (Rei Kawakubo, Yohji Yamamoto e Issey Myiake), o conceito, quando utilizado no âmbito da moda, passou a ser sinônimo de um "método" de modelagem — método esse caracterizado justamente pela ausência de convencionalismos. E foi assim, depois do choque inicial, apropriado para o universo fashion. O resultado desse fenômeno foi o aparecimento de roupas em que os tecidos são cortados, recortados, amarrados, literalmente desconstruídos. É comum a mudança de elementos da roupa para lugares inusitados, provocando a subversão da modelagem tradicional, além de trazerem como bônus elementos como costuras aparentes, acabamentos inacabados, do avesso, e tudo aquilo que graciosamente sai do padrão antigo da costura impecável que reinou até a década de 80.
A proposta aqui é discutir o estranhamento, o deslocamento do lugar comum, por meio de peças que tiveram esse mesmo conceito como ponto inicial da criação. Para tanto nos valemos de fotos feitas com um tempo maior de exposição que o usual, evidenciando o movimento e construindo novas formas a partir da desconstrução da mesma.
Produção: Fantine Godoy, Ligiane de Almeida , Thamires Piló
Fotografia: Bruno Oliveira
Edição: Thamires Piló
Cabelo: Thamires Piló
Maquiagem: Ligiane de Almeida
Modelo: Ligiane de Almeida
Peças:Criação por Lilian Gustini e Thamires Piló
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